É.
Já é dezembro (grazadeos).
No meio de enters, um ano que sinto que já deu desde agosto (julho???? Janeiro??? não sei HAHA), quando dei por mim já era hoje.
Final de ano sempre tem um climinha de retrospectiva, da gente que fica na sensação de não vive, mas sim sobrevive (ou apenas aguenta, como diz Milton Nascimento), então longe de mim fazer uma cumbuca com outra energia. Ainda teremos a de dezembro pra desconstruir, ou talvez não, decido lá pra frente.
Estudar e trabalhar é uma situação que sempre acho mais tranquila quando a gente é mais novo, e intercalar tudo isso com as 400 outras coisas que faço (como escrever, dividir a escassa bateria social, fazer feira, desenhar, aprender a cantar, finalmente conseguir terminar Yakuza 2) não tem sido muito fácil.
Novembro rolou fazer ao menos uma feira no ano (fiz a Bienal de Taubaté/SP), que era algo que estava me deixando meio tensa, e ainda rolou o bate-papo da BibliON pelo livro O Dia que Sumiu ter passado no edital (inclusive, tá lá no app, tudo gratuito, só ler <3 deixarei os links no final). Por mais que a gente fale que está tudo bem deixar o tempo ao tempo, fica uma sensação de “eita, será que se eu não lançar ao menos uma coisinha no ano eu ainda existo? Será que se eu não fizer uma feira ao menos no ano eu ainda sou eu?”.
“Ahhhh, mas você tem estado tão ocupada que está exausta, estreou 2 peças pra terminar o ano, fez prova, trabalhou todo dia, fez curso, fez uma calça e… (insira várias considerações muito apropriadas e alinhadas à realidade)”. Pois é. Mas a mente humana é cercada de mistérios e expectativas irreais. HAHA
Essa cura de ser produtivo é um processo. Um processo que tem sido lento depois de tantos anos sendo produtiva e usando meu ócio para produzir mais. É um treino necessário com dias mais fáceis e alguns bem mais difíceis. Mas é isso, né? Um dia por vez, um tempo por vez. O sonho de ser low profile existe, está vivo, um sonho alinhado com a vida do Pynchon de ser lida e tão low profile que ninguém nem tem certeza da minha existência? Talvez. HAHA
MAS CHEGOU DEZEMBRO.
E com ele esse mecanismo tão misterioso de um calendário que é apenas convenção social e que supostamente reseta coisas e faz a gente se sentir renovado embora seja apenas a sensação construída pelo cotidiano em sociedade.
E já é dia 05, vejam vocês. Esse ano foi rapidinho e eterno na mesma medida.
Pra finalizar essa cumbuca meio sem eira nem beira, vou fechar com outra coisa que deu tempo em novembro, que foi participar de uma ceia com amigos, a famigerada ceia que dói menos (ela é vegetariana kkkkkkk) que foi algo que pude voltar a frequentar esse ano depois de um hiato de minha presença.
A prioridade de algumas correrias de novembro ter focado em ser ver pessoas e não trabalhar foi, oh, um fechamento de novembro correto. Terapêutico eu diria. Abraçar amigos é muito bom.
Ps.: o gurizin da foto inventou uma nova maneira genial de brincar de taco gato envolvendo apenas imitar o objeto/animal/coisa da carta e passamos 20 minutos correndo pelo quintal virando cabras, tacos, gatos, marmotas e pizzas. E quando cansou de outro jogo falou que o manual dizia que era pra guardarmos as cartas todas muito rápido!!! (Estratégias geniais? Sim. Anotei pra usar.)
E pra fechar a cumbuca aqui vão os links marotos pras coisas:
Post sobre o bate-papo da bibliON
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Que sobrevivamos todos a dezembro!